São os portugueses peritos na arte de navegar, o que não admira pois tanto mar percorrem que passam muitas vezes cinco e seis meses sem ver mais que céu e mar, lutando com os ventos e as vagas. São tão entendidos na navegação que sabem o caminho a seguir guiando-se apenas pelos astros: de dia o Sol e de noite a Estrela Polar. (…) É coisa de admirar que, com um instrumento redondo do tamanho da palma da mão, se consiga medir toda a curvatura do céu.
Pedro de Medina, Libro de grandezas y cosas memorables de España, 1548